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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

RESUMO E RESENHA

RESUMO

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. SP: Atlas, 1991.

1- Conceito: “Apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto” / “uma apresentação sucinta, compacta dos pontos mais relevantes de um texto”.2- Objetivo: Apresentar com fidelidade idéias ou fatos essenciais contidos num texto, visando fornecer elementos que dispensem a consulta do texto original.

Deve destacar:
a) elementos bibliográficos do texto; sua ficha técnica: sobrenome do autor, nome; título da obra; local da publicação do texto; editora; ano.
b) tipo de texto: a que gênero se filia (literário, didático, acadêmico)
c) resumo do conteúdo: assunto do texto, objetivo, métodos, critérios utilizados, conclusões do autor. Deve ser redigido em linguagem objetiva; não apresentar juízo crítico; preferencialmente usar o verbo na 3ª pessoa do singular e com verbos na voz ativa.
d) Colocar aspectos positivos ou negativos da obra se o resumo for crítico.

3- Tipos / Características:

a) Resumo indicativo (ou descritivo): caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. Refere-se às partes mais importantes do texto.
b) Resumo informativo (ou analítico): pode dispensar a leitura do texto original. Deve salientar o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. Evitem-se comentários pessoais e juízos de valor.
c) Resumo informativo / indicativo: combina os dois tipos anteriores. Pode dispensar a leitura do texto original quanto às conclusões.
d) Resumo crítico (ou recensão ou resenha): é redigido por especialistas e compreende análise e interpretação de um texto.

4- Extensão:
A norma da ABNT recomenda que o resumo tenha até 100 palavras se for de notas e de comunicações breves. Se se tratar de resumos de monografias e artigos, sua extensão será de até 250 palavras. Resumo de relatórios e (de) tese podem ter até 500 palavras. Para Rebeca Peixoto da Silva o resumo “que guarde 1/3 ou ¼ da extensão primitiva pode preservar os pontos essenciais”.
A redução excessiva, no entanto, pode prejudicar a comunicação. Ao redator cabe atender para verbos como: é, deve, pode e circunstanciais como: somente, quase, na maior parte, conjunções como: se, a menos que, para que o sentido jamais seja prejudicado. A elaboração de resumos exige mais habilidade de leitura que de escrita.

NOTA:
As justificativas para a realização de pesquisa documental resumem-se em: necessidade de provas (transcrição); obras de bibliotecas públicas devem ser resumidas justamente porque não se tem acesso a elas com facilidade; realização do objetivo da pesquisa (síntese das idéias fundamentais); no caso de obras de fácil acesso e conhecidas, basta uma simples referência.
Exemplos de resumo:

INDICATIVO / DESCRITIVO
ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: redação do vestibular. São Paulo: Mestre Jou, 1981.
Estudo realizado sobre redações de vestibulando da FUVEST. Examina os textos com base nas novas tendências dos estudos da linguagem, que busca erigir uma gramática do texto, uma teoria do texto. São objeto de seu estudo a coesão, o clichê, a frase e o discurso indefinido. Parte de conjecturas e indagações apresenta os critérios para análise, o candidato, o texto e farta exemplificação.

INFORMATIVO / ANALÍTICO
Examina 1500 redações de candidatos a vestibulares (1978), obtidas junto à FUVEST. O livro resultou de uma tese de doutoramento apresentada à USP em maio de 1981. Objetiva caracterizar a linguagem escrita dos vestibulandos e a existência de uma crise na linguagem escrita, particularmente desses indivíduos. Escolheu redações de vestibulandos pela oportunidade da obtenção de um corpus homogêneo. Sua hipótese inicial é a existência de uma possível crise na linguagem e, através do estudo, estabelecer relações entre o texto e o nível de estruturação mental de seus produtores. Entre os problemas ressaltam-se a carência de nexos, de continuidade e de quantidade de informações, ausência de originalidade. Também foram objetos de análise condições externas como família, escola, cultura, fatores sociais e econômicos. Um dos critérios utilizados para a análise é a utilização do conceito de coesão. A autora preocupa-se ainda com a progressão discursiva, com o discurso tautológico, as contradições lógicas evidentes, o nonsense, os clichês, as frases feitas. Chegou à conclusão de que apresentam problemas de contradições lógicas evidentes. A redundância ocorreu em 15,2% dos textos. O uso excessivo de clichês e frases feitas aparece em 69,0% dos textos. Somente em 40 textos se verificou a presença de linguagem criativa. Às vezes o discurso estrutura-se com frases bombásticas, pretensamente de efeito. Recomenda a autora que uma das formas de combater a crise estaria e, ensinar a refazer o discurso falho e a buscar a originalidade, valorizando o devaneio. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1987.

1- Conceito: “O resumo é a apresentação concisa e freqüentemente seletiva das principais idéias do autor da obra”.

2- Objetivo: “A finalidade do resumo consiste na difusão das informações contidas em livros, artigos, teses etc., permitindo a quem ler resolver sobre as conveniências ou não de consultar o texto completo. O caráter de um resumo depende de seus objetivos em:
a) apresentar um sumário narrativo das partes mais significativas, não dispensando a leitura do texto (resumo indicativo ou descritivo);b) condensar o conteúdo do texto, expondo ao mesmo tempo as finalidades, as metodologias, os resultados obtidos e as conclusões da autoria, dispensando assim, a leitura do texto original; c) analisar um texto, criticando os diferentes aspectos inerentes a ele.

3- Tipos / Características:
a) Resumo indicativo (ou descritivo): quando faz referência às partes mais importantes, componentes do texto. Apenas descreve sua natureza, forma e propósito. Não dispensa a leitura do texto completo.b) Resumo informativo (ou analítico): quando contém todas as informações principais apresentadas no texto: o assunto da obra, o objetivo, os métodos e as técnicas empregados, os resultados e as conclusões. Pode dispensar a leitura do texto original. Não deve haver comentários pessoais e juízos de valor.c) Resumo crítico: quando se formula um julgamento sobre o trabalho. É a crítica da forma no que se refere aos aspectos metodológicos, do conteúdo, do desenvolvimento da lógica da demonstração das técnicas da apresentação das idéias principais. No resumo crítico não pode haver citações.

FIORIN, José Luís; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto. São Paulo: Ática, 1997.
1- Conceito: “É representar, com as próprias palavras, os pontos relevantes de um texto. No resumo, deve-se considerar cada uma das partes essenciais do texto, a progressão em que elas se sucedem e a correlação que o texto estabelece em cada uma dessas partes. Para resumir é necessário compreender antes o conteúdo global do texto.

PROCEDIMENTOS DE LEITURA:
a) Para a compreensão global do texto, uma leitura ininterruptamente, do começo ao fim, com a preocupação de responder a seguinte pergunta: de que trata o texto? Foi escrito para falar sobre o quê?b) Segunda leitura mais atenta: vocabulário, estrutura sintática, elementos coesivos, recursos argumentativos...c) Fazer segmentação do texto em blocos de idéias: introdução / desenvolvimento / conclusão / divisão em parágrafos. Outro exemplo: o capítulo em um livro.d) Redação final com as próprias palavras, procurando não só condensar os segmentos mas encadeá-los na progressão em que se sucedem no texto e estabelecer as relações entre eles.
Exemplo de resumo: Cada sistema social concebe a ordenação do espaço de uma maneira típica. No Brasil, o espaço não é concebido como um elemento independente dos valores sociais, mas estão embebidos neles. Expressões como “em cima” ou “em baixo”, por exemplo, não exprimem propriamente a noção de altitudes, mas indicam regiões sociais. Avenidas e ruas recebem nomes indicativos de episódios históricos, de acidentes geográficos ou de alguma característica social ou política. Nas cidades norte-americanas, a orientação especial é feita pelos pontos cardeais e as ruas e avenidas recebem um número e não um nome. Concebe-se, então, o espaço como um elemento dotado de impessoalidade, sem qualquer relação com os valores sociais. SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 19. ed. São Paulo: Cortez, 1994, p. 102.

1. Conceito: Resumo (ou síntese) é uma forma de trabalho científico que consiste na síntese das idéias e não das palavras do texto. Deve-se manter fiel às idéias do autor sintetizado. O resumo é feito em diferentes níveis de profundidade conforme o objetivo a que se propõe.
GUIA DE ESTUDOS PARA CONCURSO DE ADMISSÃO À CARRERIA DE DIPLOMATA. Instituto Rio Branco. Ministério das Relações Exteriores, 2001. p 33-42.
1. Conceito: o resumo deve conter o essencial e omitir o que é acessório ou secundário do texto. O resumo não pode incluir dados ou interpretações que não constem no original.
Outras características:
- O gênero é o da prosa expositiva (narrativa ou poema deve ser redigido em forma de relato ou descrição do assunto ou fato)- É conveniente que o candidato trate a questão como se fora uma notícia sobre o assunto, dando-lhe estrutura em parágrafos.Obs: O primeiro parágrafo deve indicar: o tema geral do texto; is autores, e as fontes bibliográficas. - Deverá ter a extensão correspondente a uma quarto do original.
Exemplo: Maria Marta Pereira Scherre, no texto “Pesquisa Variacionista e Ensino: Discutindo o Preconceito lingüístico” (Pesquisa e Ensino da Língua: contribuições da Sociolingüística, UFRJ/CNPQ. Rio de Janeiro. 1996), faz uma reflexão acercado que entende como “preconceito lingüístico”: a imposição, nas escolas, da chamada norma culta como forma de manutenção do “status quo”, um dos mais aviltantes meios de preconceito social, vez que expressões lingüísticas consideradas inaceitáveis – e quem as produz- são relegadas a uma casta inferior.
Essa imposição é feita de forma sutil no intuito de esconder sua ferocidade: a “boa língua” vai sendo instalada lenta, mas constantemente, sufocando “desvios”, até que dois blocos sejam compostos: o primeiro formado pode aqueles que aprenderam as minúcias das regras, usando-as a seu favor; o segundo, pelos que não se enquadram, cujo destino é servir o primeiro. Segundo a visão sociolingüística, está-se perdendo a perspectiva da finalidade da língua, a comunicação em primazia da forma como essa comunicação é feita, como se fazer a concordância fosse mais importando do que saber com o que está concordando.A autora conclui não pelo fim das regras, mas que elas sejam feitas considerando-se a riqueza, a pluralidade dos valores, tornando o seu estudo interessante justamente por refletir essa gama de variações lingüísticas. De outra forma a língua nada mais será se não um instrumento (letal) de dominação, deixando a comunicação num plano insignificante.

RESENHA

SEVERINO , Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 19. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
Resenha Bibliográfica
Resenha, recensão, revista de livros ou analise bibliográfica de uma síntese ou um comentário dos livros publicados feitos em revista especializada das várias áreas da ciência, das artes e da filosofia. Uma resenha pode ser puramente informativa, limitando-se a expor o conteúdo do texto resenhado com a maior objetividade possível. Pode ser crítica, além de exposição objetiva do conteúdo do texto, tecendo comentários críticos e interpretativos, discutindo, comparando, avaliando o texto como um todo.
Resenha
Resenhar significa fazer uma relação das prioridades de um objetivo, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstâncias que o envolvem. A resenha pode ser puramente descritiva, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador, ou crítica, pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou.
A resenha descritiva apresenta:
a) uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:
- nome do(s) autores (es);
- título completo e exato da obra (ou do artigo);
- nome da editora e, se for o caso, da coleção de que faz parte a obra.
- lugar e data da publicação;
- número de volumes e páginas;
b) uma parte com o resumo do conteúdo da obra:
- indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom etc.);
- resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.
Na resenha, além dos elementos já mencionados, entram também comentários e julgamentos do resenhador sobre as idéias do autor , o valor da obra etc.
LAKATOS
Resenha crítica
Resenha é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos. Resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelo resenhista.
A resenha, em geral, é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o assunto, tem a capacidade de juízo crítico. Também pode ser realizada por estudante; nesse caso, como exercício de compreensão e crítica.
Para a elaboração de uma resenha crítica são necessários alguns requisitos básicos:
- conhecimento completo da obra;
- competência da matéria;
- capacidade de juízo de valor;
- independência de juízo;
- correção e urbanidade;
- fidelidade ao pensamento do autor.
A resenha responde a uma série de questões:
a) assunto, característica, abordagem;
b) conhecimentos anteriores, direcionamento;
c) acessibilidade, agradabilidade;
e) disposição correta, ilustrações adequadas.
Estrutura da resenha crítica :
- Referência bibliográfica;
- Credenciais do autor;
- Conhecimento (resumo detalhado das principais idéias);
- Conclusão do autor da obra;
- Quadro de referência do autor (modelo teórico, método usado);
- Apreciação do resenhista;
- julgamento da obra (contextualizar teoricamente);
- mérito da obra (contribuição);
- estilo (concisão, clareza, linguagem);
- forma (lógica, originalidade);
- indicação da obra (a quem é dirigida).
MEDEIROS
Conceitua-se a resenha como relato minucioso das prioridades de um objeto, ou de suas partes constitutivas. É um tipo de redação técnica que avalia precisa e sinteticamente a importância de uma obra cientifica ou de um texto literário. A resenha pode envolver vários tipos de manifestações artísticas, como peças teatrais, filmes e outros.
MODELO DE RESENHA
LUCKESI, Cipriano C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1992.
Considerando Luckesi (1992), a educação pode ser discutida em sua conexão com a sociedade a partir de três dimensões. Cada dimensão tem características específicas e o autor garante que ainda estão presentes no atual contexto educacional. Concordamos com essa afirmativa, pois temos presenciado as três posturas em diversos ambientes de ensino.
A primeira dimensão é apresentada pelo autor com a denominação de Redentora. Nessa dimensão, a escola é ativa em relação à sociedade (Escola = Sociedade). Essa ação da escola é para integrar os elementos à sua estrutura, ao todo social. Nessa perspectiva, caberá à educação: adaptar o indivíduo ao meio; reforçar os laços sociais; configurar e manter o corpo social; curar as mazelas sociais; recuperar a harmonia perdida; restaurar o equilíbrio; reordenar o social; regenerar os que estão à margem da sociedade.
Entendemos que tais atribuições dadas à educação colocam-na em posição de salvadora e realmente redentora dessa sociedade conturbada e confusa. O alvo dessa educação são as crianças. O principal mentor intelectual é Comênio e sua obra sobre a didática. Tais características são evidentes na educação tradicional e na escolanovista.
A segunda dimensão apontada pelo autor é a Reprodutora. Aqui, a escola é totalmente passiva diante da sociedade (escola = sociedade). Essa passividade reflete seu papel de mera reprodutora do meio. Não há determinações, mas somente constatações. O autor aponta que: a educação reproduz a sociedade; reproduz a força de trabalho; reproduz saberes práticos; ensina as regras dos bons costumes; reproduz a submissão/capacidade de manejar; enfim, faz a sujeição ideológica.
A terceira dimensão referida pelo autor é a Transformadora . Nesta, a escola volta a ser ativa, mas de uma maneira positiva, pois poderá: realizar e mediar um projeto de sociedade; trabalhar pela democratização; partir dos condicionantes históricos; atingir objetivos sociais e políticos; criticar o sistema; propor mudanças; agir na realidade.
Pensamos que essa dimensão é o nosso maior desafio. Acreditamos que por meio de estratégias participativas e construtoras de novos saberes, estaremos em melhores condições de propor transformações e de criar projetos concretos que visem a um novo contexto social e humano. Urge uma nova educação, novos educadores, novos educandos. Eis o desafio!!
Vejamos agora um esquema explicativo de como elaborar uma Resenha:

Momento 1: Leia o texto sem marcar nada. Para identificar a idéia/ mensagem central. Não sublinhe, não marque o texto, não anote nada, simplesmente leia do início ao fim. Ao final, pergunte-se: qual é a idéia/ mensagem principal do texto? E as secundárias? Do que trata o texto? Se você não conseguir responder a essas perguntas, leia de novo, responda e passe para o segundo momento. Momento 2: Leia para destacar os trechos significativos e representativos da idéia central e informações complementares. Sublinhe, marque, faça os destaques dos parágrafos significativos.

Momento 1: Faça uma folha de rosto para o seu fichamento.
Momento 2:
Momento 3: Comece fazendo um resumo, sintetizando o conteúdo do texto. Exemplo: O texto trata do tema meio ambiente. O autor defende a idéia de que....... Segundo o autor....... Para o autor....... O autor também refere-se a......
Momento 4: Faça as transcrições para o seu fichamento dos trechos que marcou, que sublinhou. Após cada trecho coloque o número da página entre parênteses. Exemplo: O autor refere que: “o meio ambiente deve ser preservado” (p. 34), “a natureza precisa de cuidados tanto quanto os seres humanos” (p. 35)...
Momento 5 : Faça , agora , seus comentários sobre o que entendeu, como entendeu o texto. Escreva sua opinião, seu entendimento sobre as idéias contidas no texto. Exemplo: A meu ver o texto.... Entendo que o meio ambiente deve... Acredito que a natureza... Penso... . Comece escrevendo a bibliografia do texto, segundo as normas da ABNT;

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O PROFESSOR E A AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO DA APREMDIZAGEM

POR QUE AVALIAR? COMO AVALIAR?
Ilza Martins Sant’Ana

Profº JOSE FRANCISCO SOARES DOS SANTOS
– O professor e avaliação
– O aluno e a avaliação
– Definições de avaliação.
– Modalidades da avaliação.
– Função da avaliação.
– Tipos de avaliação
– Critérios de avaliação.

O PROFESSOR E A AVALIAÇÃO
Segundo Sant’Ana:
“O professor é um educador. Educação é um ato essencialmente humano”.
“O homem, porém, é um ser limitado, precisa de outro para viver, para se realizar, (...) esta condicionado aos valores da sociedade.

Segundo Piaget:” não há operação sem cooperação, o que indica a participação dos colegas e do professor como problematizador.
• Assim cabe ao professor:
• Organizar situações de aprendizagem.
• Oportunizar o contato do aluno com o ambiente de forma real e significativa.

• A avaliação precisa dá resposta as seguintes perguntas:
• Os objetivos foram alcançados?
• O tempo previsto para as atividades foi suficiente?
• O programa foi cumprido?
• A avaliação terá como pressuposto oferecer ao professor oportunidade de verificar, continuamente, se as atividades métodos, procedimentos, recursos e técnicas.
• O professor promoverá a
• A articulação de toda a vida escolar.
• Do privilegiar a evolução socio-afetiva.
• Da construção coletiva as resoluções de atividades.

O aluno e a avaliação

• O aluno ainda é uma vitima porque nem todos conhecem:
• Os objetivos da avaliação.
• Os critérios.
• A função.
• O aluno num pode ser individuo passivo e o professor a autoridade que decide.

Definições de Avaliação.
• Primeiro veremos o texto nas paginas 28 e 29.

Modalidades da avaliação:

Diagnostica
• É a avaliação que tem por objetivo verificar o nível em que um discente (turma, série, curso) demonstra dominar os objetivos previstos para iniciar uma série, disciplina, unidade didática (UD) ou assunto.
• Visa determinar a presença o a ausência de conhecimentos inclusive buscando detectar pré-requisitos para novas experiências de aprendizagem.
• Ocorre no inicio de cada ciclo de estudo.

Formativa
• É realizada com objetivo de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem.
• Ocorre durante o processo ensino-aprendizagem
• É interna ao processo, contínua e interativa e é centrada no aluno.
• Também tem caráter diagnóstico.
• Ajuda o aluno a aprender e o professor a ensinar e reavaliar todas as etapas do processo ensino-aprendizagem.
• Possibilita o acompanhamento da aquisição e domínio das competências, e adequa o ensino às necessidades de ajustes na aprendizagem e no desenvolvimento do aluno.
• É formativa toda avaliação que ajuda o aluno a aprender e a desenvolver as competências adquiridas ao longo do processo.

Somativa
Possibilita balanços tendo em vista os objetivos e
Competências pretendidos. Exprime resultados de aprendizagens. Seus dados subsidiam o replanejamento do ensino para a próxima etapa.

Fornece informações quanto ao rendimento do aluno
em termos parciais ou finais .

Função da avaliação
• A importância da avaliação bem como os seus procedimentos tem s modificados no decorrer do tempo sofrendo influencia das tendencias de valorização que se acentua a cada época.
• Considera-se a avaliação dos resultados do ensino-aprendizagem de grande relevancia porque permite:
• 1-oferecer informações fundamentais para o processo de tomada de decisões quanto ao curriculo.
• 2 –melhorar o processo de ensino e aprendizagem.

São funções gerais da avaliação
• Fornecer bases para o planejamento.
• Possibilitar a seleção e a classificação de pessoal (professores, alunos e especialistas)
• Ajustar políticas e práticas curriculares.

São funções especificas da avaliação
• Facilitar o diagnóstico.
• Melhorar o ensino.
• Estabelecer situações individuais de aprendizagem.
• Interpretar os resultados e dificuldades.
• Promover, agrupar os alunos.

Propósitos DIAGNOSTICA
• Determinar a presença ou a ausência de habilidades ou pré-requisitos.
• Identificar as causas de repetidas dificuldades de aprendizagem

FORMATIVA
• Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem durante o desenvolvimento das atividades escolares.
• Localiza deficiência na organização na organização do ensino de modo a possibilitar a reformulações nos mesmos e aplicações de técnicas de recuperação do aluno
CLASSIFICATÓRIA
• Classificar os alunos ao fim de um semestre, curso anos segundo níveis de aproveitamentos.

Época
Diagnostica
No inicio do ano letivo, semestre, curso.
Durante o ensino, quando o aluno indicar incapacidade em seu desempenho escolar

Formativa - Durante o ensino
CLASSIFICATÓRIA - No final de um semestre, ano letivo ou curso.

Instrumentos
DIAGNOSTICA
Pré-teste
Teste padronizado de rendimento
Ficha de observação
Instrumento elaborado pelo professor

FORMATIVA
Instrumentos especificamente planejados de acordo com os objetivos propostos
CLASSIFICATÓRIA
Exame, prova ou teste final.

Tipos de avaliação
• Avaliação de contexto
• Avaliação de insumo
• Avaliação de processo
• Avaliação de produto.

• Ver paginas 40 a 43 do texto.

Comparação entre provas objetivas e provas de dissertação. - Ver página 75

Atividade
• Leia o texto o professor e a avaliação entre as paginas 23 e 83 Construa um texto dissertativo abordando os temas apresentado
• O professor e avaliação
• O aluno e a avaliação
• Definições de avaliação.
• Modalidades da avaliação.
• Função da avaliação.
• Tipos de avaliação
• Critérios de avaliação.
se possível converse com professores para identificar os tipos de avaliações aplicado nas escolas.
O texto deve ter 2 ou 3 paginas.

Poderá ser feito em dupla, trio ou individual.
Entregar dia 20/10 turma do 7º semestre

Entregar dia 19/10 turma do 5º semestre




quinta-feira, 1 de outubro de 2009

FICHAMENTO

FICHAMENTO: CONCEITUAÇÃO E FINALIDADE

O fichamento constitui um valioso recurso de estudo de que se valem os pesquisadores para a realização de uma obra científica. Os procedimentos descritos, que garantem a prática eficaz do fichamento, assustam o estudante que se depara pela primeira vez com tal metodologia. A prática contínua, no entanto, poderá leva-lo a alterar o ponto de vista e julgamento, fazendo-o perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Um fichário do conteúdo escolhido possibilita não só a prática de uma redação eficaz, como também proporciona ao autor enriquecimento cultural. Não se recomenda, porém, o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse.

IMPORTÂNCIA DO FICHAMENTO

· O fichamento é importante porque registra as idéias principais do autor que está sendo estudado, principalmente no que se refere às citações textuais, garantindo integridade e correção da referência, para uso nos trabalho.
· Anotar idéias que ocorram durante a leitura
· Reter elementos que permitam sua seleção posterior e fácil localização no momento de necessidade

A ficha: muitos alunos consideram desnecessário a produção de fichas para a seleção do material que foi considerado fundamental por ocasião da leitura. A ficha além de didática, evita problemas futuros como não saber mais de que livro foi retirada a passagem; qual o ano da edição, editora, entre outros. Estes problemas são muito comuns na hora da elaboração do texto. Não raro o aluno destaca idéias importantes de um livro emprestado e depois da devolução, não consegue mais o original de volta para copiar a fonte. Material destacado sem a anotação da referência bibliográfica é material que não poderá ser usado. O fichamento, antes de tudo, precisa ser funcional. As anotações que ocupam mais de uma ficha têm o cabeçalho da primeira ficha repetido com exceção do número da ficha. As fichas compreendem cabeçalho, referências bibliográficas e corpo da ficha. O cabeçalho engloba o título genérico e específico e número indicativo da seqüência das fichas, se for utilizada mais de uma. O tamanho das fichas varia de acordo com as exigências do professor.
1.3.2. Elementos básicos da ficha:
a) cabeçalho que contempla o título da ficha, título específico e referência bibliográfica;
b) o corpo ou texto da ficha na qual se desenvolve o conteúdo propriamente dito;
c) local onde se encontra a obra.


Título Geral
Título Específico
N° da ficha

Referencia Bibliográfica de acordo com a ABNT



Cabeçalho


Corpo ou texto da Ficha

Local onde a obra se encontra

O mais utilizado nas avaliações na Academia é o fichamento tipo citação, do qual falaremos em seguida.

Fichamento tipo citação:

O fichamento tipo citação: aplica-se para partes de obras ou capítulos. Consiste na transcrição fiel de trechos fundamentais da obra estudada. Obedece algumas normas: a) toda citação deve vir entre aspas; b) após a citação, deve constar entre parênteses o número da página de onde foi extraída a citação; c) a transcrição tem que ser textual d) a supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se no local da omissão, três pontos, entre conchetes [...].
e) Nos casos de acréscimos ou comentários colocar dentro do colchetes [ ].
f) Colocar o número da página ao final da citação.

Exemplo de fichamento tipo citação[1] :

Metodologia Científica
Fichamento e seu uso nos Trabalhos Acadêmicos.
1
RICHARTZ, Terezinha. Fichamento e seu uso nos Trabalhos Acadêmicos. Revista Acadêmica da Faceca, Varginha, n. 3. Ago/Dez. 2002. 10 p.



“ [...] na produção de um texto científico, denomina-se citação a toda idéia de outra pessoa, encontrada pelo pesquisador em algum documento lido ou consultado durante o desenvolvimento da pesquisa,[...]”. (2-3)


(Biblioteca da Faceca)

Fichamento tipo esboço ou sumário: É o resumo do texto. Apresenta as idéias principais de parte de uma obra ou de uma obra toda, de modo sintético, mas detalhado. Esta ficha cha é importante porque permite ao leitor extrair idéias importantes disseminadas em muitas páginas, num texto pequeno mais completo. A numeração da(s) página(as) é indicado à esquerda da ficha.

Metodologia Científica
Fichamento e seu uso nos Trabalhos Acadêmicos.
1

RICHARTZ, Terezinha. Fichamento e seu uso nos Trabalhos Acadêmicos. Revista Acadêmica da Faceca, Varginha, n. 3. Ago/Dez. 2002. 10 p.


2-3 O fichamento é importante para o armazenagem de
informações retiradas do texto. Estes dados poderão ser
utilizados posteriormente nos trabalhos científicos.
6-8 Os principais tipos de fichamento são: tipo citação (cópia fiel
da parte do texto), esboço ou sumário (resumo das principais
idéias) e comentário ou analítico (crítica, discussão e análise
do texto).


(Biblioteca particular)






2.3.2.3. Comentário ou analítica – comentários, análises, justificativas, críticas, interpretações e comparações. Este fichamento é de grande valia quando feito logo após o término da leitura da obra. Quando o leitor esta lendo com objetivo determinado, por exemplo, fazer um trabalho acadêmico ou monografia, o comentário já pode ser direcionado especificamente para o trabalho em questão. Quando terminamos de ler um texto as possibilidades de traçar análises, comparações e críticas é muito maior do que dias depois. Assim aos poucos o trabalho científico vai sendo construído. No final cabe organizar as idéias nas subdivisões previstas nos trabalhos científicos.
[1] Os fichamentos realizados neste artigo são relativos ao conteúdo desenvolvido neste texto, facilitando com isso, o entendimento do teor das fichas. A numeração das páginas, portanto, não coincidem com a numeração da revista, já que o artigo, ainda não está com a numeração de página da revista que será a definitiva


COMO ESTUDAR[1]

Nereide Saviani[2]


Estudar não é apenas ler. O fato de ser ter devorado com avidez um livro - seja por achá-lo interessante, seja por se ter pressa em dar conta de seu conteúdo - não significa tê-lo estudado. Esse tipo de leitura, é, ainda, superficial. Em geral, tira-se pouco proveito de imediato e, caso não se retorne ao texto, muita coisa se perderá alguns dias após a leitura.

Estudar é bem diferente. Significa compreender o que se leu, meditar sobre os pontos principais, reter o fundamental. Por isso, o estudo requer tempo bem maior que a simples leitura. Mas seus resultados são mais profundos e duradouros.

O estudo exige várias leituras. Num primeiro momento, é importante fazer uma leitura geral, atenta, para se ter uma visão de conjunto do texto. Geralmente, essa primeira leitura suscita a necessidade de consultar o dicionário, ou anotações de aulas/palestras, ou até mesmo outras obras que estejam ao alcance e que sejam importantes para o entendimento do texto. No entanto, não convém interromper a leitura para essa consulta, salvo nos casos em que o desconhecimento de algum termo ou fato comprometa a compreensão geral, tornando impossível ou muito difícil o prosseguimento do estudo.

Mas, mesmo durante a primeira leitura, é útil assinalar as passagens consideradas mais importantes e fazer anotações ( no próprio texto e às suas margens). Isto nos permite voltar com maior facilidade aos pontos principais ou nos chama a atenção para a necessidade de retomar/aprofundar idéias expressas pelo autor. É importante, então, termos sempre lápis e caderno à mão, para assinalar ou anotar palavras desconhecidas, trechos importantes, dúvidas que surgem, pontos a serem pesquisados em outra fontes, etc...

Num segundo momento, volta-se ao texto, agora para uma leitura mais pausada, buscando sua compreensão, parágrafo a parágrafo, localizando as idéias principais e as secundárias, tentando reconstruir o processo do pensamento do autor e captar a estrutura do texto.

Num terceiro momento, cuida-se da interpretação do texto, buscando explicitar os pressupostos que justifiquem a posição do autor, fazer comparações e associações das idéias contidas no texto com outras do mesmo autor e de outros autores; formar opinião e tomar posição diante das idéias o autor. Neste caso, a volta ao texto não será necessariamente um nova leitura (parágrafo a parágrafo), mas um reportar-se apenas aos trechos ainda não totalmente entendidos, ou aos que contenham idéias centrais ou aos que mais chamaram atenção.

Depois da interpretação vem o quarto momento, o da problematização, que consiste no levantamento e discussão de questões explícitas e/ou implícitas no texto. Finalmente, a síntese pessoal, o quinto momento: a retomada do texto, com discussão, reflexão, crítica e tomada de posições pessoais.

Esses dois últimos momentos poderão ou não exigir nova(s) leitura (s) do texto como um todo (ou trechos), dependendo de como se desenvolveram os momentos anteriores e do registro que deles foi feito, e variando, também, conforme o grau de complexidade do texto.

Os momentos que se sucedem à primeira leitura exigem mais que as assinalações e anotações feitas no próprio texto ou às suas margens. Requerem um registro mais sistematizado, através de fichamentos, resumos, resenhas.

Podem-se destacar três tipos de fichamento[3]:
1. FICHAMENTO TEXTUAL - é o que capta a estrutura do texto, percorrendo a seqüência do pensamento do autor e destacando: idéias principais e secundárias; argumentos, justificações, exemplos, fatos etc., ligados às idéias principais. Traz, de forma racionalmente vizualizável - em itens e de preferência incluindo esquemas, diagramas ou quadro sinóptico - uma espécie de “radiografia” do texto.

2. FICHAMENTO TEMÁTICO - reúne elementos relevantes (conceitos, fatos, idéias, informações) do conteúdo de um tema ou de uma área de estudo, com título e subtítulos destacados. Consiste na transcrição de trechos de texto estudado ou no seu resumo, ou, ainda, no registro de idéias, segundo a visão do leitor. As transcrições literais devem vir entre aspas e com indicação completa da fonte (autor, título da obra, cidade, editora, data, página). As que contêm apenas uma síntese das idéias dispensam as aspas, mas exigem a indicação completa da fonte. As que trazem simplesmente idéias pessoais não exigem qualquer indicação.

3. FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO - consiste em resenha ou comentário que dê idéia do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito também a respeito de artigos ou capítulos isolados, a arquivado segundo o tema ou a área de estudo. O fichamento bibliográfico completa a documentação textual e temática e representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes e professores.

Eis, em síntese, os passos a serem seguidos no estudo:

· LER – integralmente e com entendimento (visão de conjunto)
· IDENTIFICAR – o tema
· DESTACAR – as idéias principais.
· LOCALIZAR – argumentos, fundamentações, justificações, exemplos ligados às idéias principais.
· ANOTAR – dúvidas, impressões, associações, etc., despertadas pelo texto, bem como passagens que chamaram atenção.
· FORMULAR – questões cujas respostas se encontrem no texto e/ou questões por ele suscitadas.
· RESUMIR – construir um texto sucinto, que contenha as idéias mais importantes do texto estudado.
· ESQUEMATIZAR – elaborar um quadro ou sinopse que permita visualizar a estrutura, o planejamento do texto, expondo suas idéias centrais.
· INTERPRETAR – comparar/associar as idéias do autor (com as pessoais, do leitor; com outras do mesmo autor; com as de outros autores).
· CRITICAR – formar opiniões próprias a respeito das idéias do autor, fazer apreciações e juízo pessoal do texto.

Dependendo do tempo de que se dispõe e da familiaridade maior ou menor que se tenha com o texto ou tema, é possível deter-se em uns passos mais que em outros, ou “queimar” alguns, desde que não se perca de vista a necessidade de aprofundamento, para assimilação das idéias e adequado posicionamento pessoal. O importante é compreender todo o significado daquilo que se lê e refletir sobre o que se estuda, pois só assim é possível dele nos apropriarmos, aplicando-o de maneira viva às mais diversas situações.

Finalmente, alguns lembretes para a elaboração e cumprimento do plano de estudo individual:

1. Definir o que estudar e selecionar a bibliografia correspondente, determinando por onde começar.
2. Fazer o levantamento do tempo disponível e predeterminar um horário.
3. Cuidar para a garantia de algumas condições básicas para o estudo:
· Concentração – evitar ou procurar isolar os elementos de dispersão
· disciplina e organização:
n providenciar antecipadamente todo o material necessário (livro, caderno, lápis, dicionário etc...)
n cumprir o horário planejado
n fazer anotações e fichamentos
n não deixar de ler índices, prefácios, tabelas, notas de rodapé, etc...



ESTUDO INDIVIDUAL, REFLEXÃO COMPARTILHADA

Sempre que se enfatiza a importância do estudo, fala-se da necessidade de “fazer cursos”. Estes, sem dúvida, ajudam a “organizar as idéias”, traçar as linhas gerais da teoria e seus temas básicos. Contribuem para nossa formação teórica, ideológica e política, assim como palestras, seminários e outras situações de debates.

No entanto, nada substitui o estudo individual. Ele é indispensável à preparação e aprofundamento dos temas tratados, contribuindo para o aproveitamento dos cursos e participação em discussões.

É preciso, porém, empenhar-se para enfrentar desafios. Quando não se tem o hábito de estudo, fica-se impressionado ao pegar um livro. Pensa-se que só pode ser lido por quem freqüentou escola durante muitos anos. No início surgem muitas dúvidas e dificuldades, mas com o prosseguimento do estudo começa-se a compreender melhor os textos e a assimilá-los. Acima de tudo é necessário ter vontade de aprender e não desistir diante dos primeiros obstáculos.

Daí a importância do estudo individual planejado, permanente, metódico. Que tal assumir um compromisso com o estudo? E se experimentarmos encará-lo como uma tarefa a ser cumprida com o mesmo rigor que todas as outras? Para isto, nada melhor que estabelecer (e seguir) um plano de estudo individual. As dificuldades iniciais irão diminuir aos poucos, com paciência e dedicação.

Mas, convém não fechar-se em si mesmo! É melhor levar as dúvidas e dificuldades individuais para discussão no coletivo. Companheiros mais experientes ajudarão os principiantes. O plano individual terá mais resultado se conjugado a um plano coletivo. Uma boa prática é a formação de grupos de estudo, segundo o interesse por algum tema ou livro, procurando-se garantir o debate organizado, dirigido por um roteiro comum. E persistir na reflexão e no debate.




Cada grupo pode organizar sessões de estudo, na periodicidade considerada conveniente. Elege-se um coordenador e um secretário. Os participantes apresentam/discutem dúvidas, fazem comentários e decidem se devem voltar ao texto individualmente e realizar novas sessões. Quando necessário, solicita-se a presença de alguém que tenha mais acúmulo, para expor aspectos que facilitem a compreensão do texto e para auxiliar a dirimir dúvidas ou reorientar o estudo.

É importante que o grupo estabeleça prazos para divulgação dos avanços da reflexão compartilhada. Por exemplo, apresentação de seminários, produção de artigos, monografias, resenhas etc.

É este o sentido do estudo programado.
[1] Este texto é uma composição de excertos, com algumas alterações, de “Orientações para o estudo” (publicado em anexo à apostila Introdução ao estudo do Socialismo Científico, CEPS – Centro de Estudos e Pesquisas Sociais, São Paulo, 1987, mimeogr.) e de “Estudo Individual, reflexão coletiva” (matéria publicada em A Classe Operária, nº 161, 9 de julho de 1998 – p. 6).

[2] Professora Doutora em Educação – PUC/SP. Membro da Comissão Nacional de Formação do PCdoB.
[3] Cf. SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 2000. 21ª ed.










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